Descoberta – Invisibilidade – Contemporâneo – Resistência
Cinco imagens e quatro palavras inúmeros
signos e um corpo que se configuram numa única obra.
Após horas de observação e construção
de releituras e links, mergulhado numa luta contra a inercia que toma o meu
corpo frente ao novo, vão surgindo referencias a partir da relação que
estabeleço com o mundo contemporâneo.
Numa sociedade que se transforma tão
rapidamente, com avanço tecnológico e científico e que ao mesmo tempo se
questiona sobre seus valores e futuros, a obra congela um pensamento reinventando
outros tantos submundos.
Um olhar a partir do viés que me
desconcerta quebrando a modelo mental já estruturado pela educação tradicional
a qual fui acometido, daí surge à estranheza frente à obra que de forma muito
automática estabelece uma relação corporal nova, aproximando minha realidade
cultural, meu cotidiano com a obra e a fruição se dá a partir dessa
comunicação. Como pontuo a professora Fabiana Dutra “sair do estado inerte do
corpo”, sobre a identificação que nos aproxima da obra buscando afinidades que
nos situa ou não daquilo que nos parece familiar.
Partido do pressuposto que uma das
funções do mediador é criar ponte entre publico e obras de arte e entendendo o
papel da arte independente de linguagem como o de favorecer sensações a partir
do “NOVO MUNDO”, inventado pelo artista refeito de palavras, sons, traços
cores, gestos, movimentos, formas, massa e volume. Citarei três situações onde o
publico em contato com a obra será estimulado (pelo mediador) a ver este novo
mundo com base em seus conhecimentos prévio e suas crenças.
1 – Apresentar num âmbito geral a
exposição e sua historia, buscando estabelecer pontes sobre quem é o artista e
a época de criação da obra, e permitir que o público tenha contato, acesse a
obra á sua frente. Considerando O NOVO como terreno de busca de significações
para cada visitante e não de resposta e significações prontas.
2 – Diálogos e fruições: estimular o
público a verbalizar o que ver, ou que sente e numa linguagem acessível e
juntos (obra de arte X mediador X público) ir reconstruindo olhares e signos
desse mundo criado pelo artista, e o que dele dialoga com o meu mundo.
3 – Após fazer o público viajar para
longe da inércia dos pensamentos pré-estabelecidos, estimular uma breve e livre
explanação de suas fruições, o auxiliando a entender a arte como livre de
olhares e sensações que reverbera na aparição de outros tantos mundos
inventivos.
Atividade proposta no dia 16 de fevereiro de 2014.