terça-feira, 16 de abril de 2013

Ligar, conectar, partilhar, movimentar...: SILFOS

Ligar, conectar, partilhar, movimentar...: SILFOS: A imagem da câmera parada nos remete a um quadro imaginário, Silfos em rodopios e mutações, entre um ser onírico e humano. A dança aqui e...

PEDRO E O LOBO



Sergei Prokofiev em 1936 apresenta para o público infantil um panorama cênico-orquestrado com personagens encantadores: pássaro, patas, gato, o avô, caçadores, PEDRO E O LOBO. Todos movidos por um instrumento, por um som.
O BTCA - Balé Teatro Castro Alves, por sua vez propõe uma releitura desta obra transitando por terreno nunca antes visitado (o infantil) em comemoração aos 30 anos da Cia, completados em 2011.
O Diretor artístico deseja a todos que o trabalho do BTCA em parceria com a OSBA – Orquestra Sinfônica da Bahia POSSA CRIAR SENSAÇÕES E LEVAR TODOS A UM UNIVERSO REPLETO DE POESIA E EMOÇÃO.
E cria.  Viaje comigo dançado...
Pedro, menino levado, não queria saber dos conselhos do seu avô, o que gostava mesmo, era de brincar com seus “animigos” e passava parte do dia os protegendo. Neste ciclo amedrontado: O pássaro que morre de medo das patas, as patas do gato, o gato das patas, o avô de Pedro, do lobo, o Lobo dos caçadores e Pedro de ninguém. Levado e corajoso, Pedro amenizava os conflitos de diferenças existentes naquela cidade, o pássaro insultava as patas e o gato por serem incapazes de voar e Pedro sinalizava que as DIFERENÇAS os tomavam especiais, numa dessas recorrentes discussões, e sem que Pedro estivesse por perto, suje o lobo cheio de seus disfarces aterrorizando a todos, o pássaro ao som da flauta bateu asas e voou para o mais alto galho de arvores, o gato todo arrepiado sumiu em dois pulos ao som do clarinete, as patas pobrezinhas não conseguiram alcançar o lago a tempo e foram devoradas ao som do oboé, pobres patas. Sensibilizados com a causa Pedro e seus amigos tramam uma arapuca para o lobo, que cai feito bobo na armadilha, logo em seguida surge os caçadores ao som do tímpano e o leva preso para o zoológico, onde as patas são salvas em meio a suco gástrico e vômitos. Representado pelo fagote, o avó de Pedro se orgulha do neto...
Isso é dança e entre saltos, grand battement e developés o coreógrafo discorre a peça em parceria com a OSBA que apresenta aos presentes, os instrumentos e seus respectivos sons.
Muitíssimo importante tratar de tal assunto com as crianças, visto que o mundo infantil é livre de preconceito e é onde todos sabem lidar com as diferenças alheias. E é na escola que a criança vai se impregnando das manias postas neste mundão de meu Deus. Qual é mesmo o papel da escola??? E o da arte??? Como estimular o respeito á diferença do outro??? São perguntas que gritam no inconsciente de muitos, e a resposta, a quem for de interesse, siga buscando paulatinamente em experimentos e estudos cotidianos. Nesta luta, o terreno é árduo, desnivelado cheio de depressão, mas para o EDUCADOR que acredita a vitoria estar logo ai á frente.
Finalizo com as palavras do diretor artístico do BTCA:
A experiência de vivenciar as sensações promovidas pela dança contribui de inúmeras formas para o desenvolvimento saudável da criança: Favorece a formação de conceitos e solução de problemas, estimula a interação social, organiza o pensamento sobre o cotidiano, desenvolve a orientação tempo-espaço preserva e estimula o potencial criativo-imaginario.
                                                                    Jorge Vermelho

Evoé a arte !  (By KARDY. Berg) .

quinta-feira, 11 de abril de 2013

OPAXORÔ



Grupo Gênesis Apresenta: OPAXORÔ

Ao entrar no teatro, o palco de cortinas abertas favorecia ao público, ainda enquanto se acomodava na plateia, vislumbrar um belo “quadro pintado” em cena. Em meio a interpretes, cores, elementos, olhos atentos, buscavam conexões: obra versos expectador e o percurso da dança de matriz africana versos Mestre King. É neste contato sadio que a arte nos proporciona, que se configura o que chamo de Conexão Fruir: possibilidades de fazer links e transcender o olhar para além das salas de artes.
 A obra nasce em 2010 em homenagem aos orixás regentes deste ano: Oxalá e Yemanjá, pai e mãe de todos os outros orixás. Numa revisita ás lendas dos orixás, a peça narra a viagem de Oxalá a terra de seu filho Xangô. Intitulada Opaxorô que é o cedro carregado por Oxalá, onde encontra-se todo fundamento, mistério e força da religião de matriz africana, signo de reverencia e respeito, o espetáculo gira do inicio ao fim em torno dele.
 Cedida Por Elivan Nascimento.
A coreografia vai acontecendo em instantes efêmeros enquanto a retina se encarrega de captá-las formando a partir de cada conhecimento prévio seja da história da dança ou da religião afro brasileira, mil outras belas imagens.  Duas principais imagens ocorridas me chamam atenção: A maternidade de Yemanjá e o pás de deux estabelecido entre Oxalufã e oxaguiã.
A presença que inunda palco e plateia com o sentimento maternal, leveza e encanto congênitos á natureza feminina de Yemanjá que dança ao balanço das águas dando a luz a dois de seus filhos.  Apontando para as qualidades do pai, que cuida e orienta sua cria, o coreografo brinca revelando neste duo mais um personagem o Ayrá que sabendo do estado debilitado, de oxalufã, o carrega nas costas.
 “... A contemporaneidade é velha por estarmos a todo o momento revisitando o antigo.” disse Raimundo Bispo dos Santos - Mestre King, como é conhecido, o primeiro homem a graduar-se em dança na America Latina, coreógrafo há quase 40 anos do grupo Genesis.
Por fim e da forma como começou, termina o espetáculo, cena aberta, reverencia no palco, na plateia, passagens, saídas e aplausos... Sensações de magia e encanto levado pra casa. Parabéns aos músicos, cantores, interpretes, a todo grupo Genesis. 
(By KARDY, B. Assistido dia 09/04/2013 - Espaço Xisto Bahia)

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  PROJETO SABERES E FAZERES DE MESTRES E MESTRAS DA DANCA AFROBAIANA @tabepheproduções Larôye!  Como gesto de agradecimento e salvaguard...