Sergei
Prokofiev em 1936 apresenta para o público infantil um panorama cênico-orquestrado
com personagens encantadores: pássaro, patas, gato, o avô, caçadores, PEDRO E O LOBO. Todos movidos por um
instrumento, por um som.
O
BTCA - Balé Teatro Castro Alves, por sua vez propõe uma releitura desta obra
transitando por terreno nunca antes visitado (o infantil) em comemoração aos 30
anos da Cia, completados em 2011.
O
Diretor artístico deseja a todos que o trabalho do BTCA em parceria com a OSBA
– Orquestra Sinfônica da Bahia POSSA CRIAR SENSAÇÕES E LEVAR TODOS A UM
UNIVERSO REPLETO DE POESIA E EMOÇÃO.
E
cria. Viaje
comigo dançado...
Pedro,
menino levado, não queria saber dos conselhos do seu avô, o que gostava mesmo,
era de brincar com seus “animigos” e passava parte do dia os protegendo. Neste ciclo
amedrontado: O pássaro que morre de medo das patas, as patas do gato, o gato das
patas, o avô de Pedro, do lobo, o Lobo dos caçadores e Pedro de ninguém. Levado
e corajoso, Pedro amenizava os conflitos de diferenças existentes naquela
cidade, o pássaro insultava as patas e o gato por serem incapazes de voar e
Pedro sinalizava que as DIFERENÇAS os tomavam especiais, numa dessas
recorrentes discussões, e sem que Pedro estivesse por perto, suje o lobo cheio de seus disfarces
aterrorizando a todos, o pássaro ao som da flauta bateu asas e voou para o mais
alto galho de arvores, o gato todo arrepiado sumiu em dois pulos ao som do
clarinete, as patas pobrezinhas não conseguiram alcançar o lago a tempo e foram
devoradas ao som do oboé, pobres patas. Sensibilizados com a causa Pedro e seus
amigos tramam uma arapuca para o lobo, que cai feito bobo na armadilha, logo em
seguida surge os caçadores ao som do tímpano e o leva preso para o zoológico,
onde as patas são salvas em meio a suco gástrico e vômitos. Representado pelo
fagote, o avó de Pedro se orgulha do neto...
Isso
é dança e entre saltos, grand battement e
developés o
coreógrafo discorre a peça em parceria com a OSBA que apresenta aos presentes, os
instrumentos e seus respectivos sons.
Muitíssimo
importante tratar de tal assunto com as crianças, visto que o mundo infantil é livre
de preconceito e é onde todos sabem lidar com as diferenças alheias. E é na
escola que a criança vai se impregnando das manias postas neste mundão de meu
Deus. Qual é mesmo o papel da escola??? E o da arte??? Como estimular o
respeito á diferença do outro??? São perguntas que gritam no inconsciente de
muitos, e a resposta, a quem for de interesse, siga buscando paulatinamente em
experimentos e estudos cotidianos. Nesta luta, o terreno é árduo, desnivelado
cheio de depressão, mas para o EDUCADOR que acredita a vitoria estar logo ai á
frente.
Finalizo com as palavras do diretor artístico do BTCA:
A experiência de vivenciar as sensações promovidas pela dança contribui de inúmeras formas para o desenvolvimento saudável da criança: Favorece a formação de conceitos e solução de problemas, estimula a interação social, organiza o pensamento sobre o cotidiano, desenvolve a orientação tempo-espaço preserva e estimula o potencial criativo-imaginario.Jorge Vermelho
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